sábado, 31 de julho de 2010

- Uma Farsa Chamada Vida

 Ela está confusa. Não tem um motivo para tal, mas sente-se deslocada. Sua fé foi gravemente ferida, está em um coma profundo. Não tem um motivo para crêr, exceto que o invisível é a única coisa que a mantém em pé. Aquilo que ela não vê é o que lhe dá forças para continuar.
 Da janela de seu quarto, ela olha para o céu e chora. Não sabe porque, mas chora. Chora como uma criança perdida na escuridão, com medo de dar um passo adiante e encontrar o "bicho papão".
 Sente-se perdida, triste, inconformada. O medo toma conta de seu coração. A incompreensão afeta sua mente, e ela chora.
 E então ela levanta-se como que num gesto inconsciente e segue em frente. Sua farsa chamada vida. Um sorriso no rosto e a eterna confusão em seus olhos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

- Minha busca pelo invisível.

As vezes nada parece fazer sentido. A minha busca incansável e incontrolável pelo invisível parece me consumir, mesmo que inconscientemente. Tudo ao meu redor conspira contra mim, e muita das vezes sinto como se tudo o que eu quero já não existisse, e tudo em que eu sempre acreditei tivesse simplesmente desaparecido. Ou talvez, nunca tivesse existido.
 É difícil viver em um mundo onde nada faz sentido. Um mundo onde todas as pessoas estão sempre em busca do que parece nunca chegar. Do que parece não existir. Não temos certeza do que virá amanhã, ou mesmo se o amanhã virá. Não podemos prever o futuro, e mesmo assim fazemos planos para ele. Planos que parecem nunca se concretizar.
 Vivemos em um mundo em que "o enssencial é invisível para os olhos". Em um mundo onde não sabemos o que esperar do amanhã,  e mesmo assim, continuamos esperando...
 E só o que me resta agora é a esperança de ver essa minha eterna busca chegar ao fim.

domingo, 25 de julho de 2010

- Tempestade

 Minha cabeça pesa. Já não tenho mais forças para lutar contra a maré de sentimentos opostos que se forma dentro de mim. 
 Não sei o que fazer. Minha mente diz que já o esquecí. Mas meu coração ainda dói com as lembranças que pesam dentro de mim. Lembranças de um passado inexistente
 Já não resta mais nada. Tenho que seguir em frente. Só me resta saber... como.
Meus sentimentos fluem dentro de mim como as águas do mar em uma noite tempestuosa
O gosto amargo na minha boca insiste em me atormentar. Será saudade dos teus beijos
Meus olhos já estão cansados de transpor os desejos de um coração cego e amargurado
Talvez toda essa dor seja apenas uma forma de me fazer acostumar com a tua ausência.   Uma ausência, agora, eterna

 " Ela olha pela janela de seu quarto. A chuva que caía lá fora se fora. Uma lua magnífica e esplendorosa agora reina."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

- Ainda Espero

 Ainda espero por você. Mesmo que a tua presença não seja algo constante em minha vida. Mesmo que de nós dois tenham restado apenas feridas. Mesmo que a dor de pensar que nunca mais haverá o encontro apaixonado de nossos lábios novamente me aflija a cada instante.
 Eu sei que não vais voltar, Que o teu perfume não mais me fará viajar à outra dimensão, à outro planeta chamado "Eu e Você". Não existe mais nós dois. Mesmo assim, nada posso eu fazer além de esperar por você. Esperar. Apenas esperar. Vendo os dias passarem, sem saber se você virá. Porém jamais casarei de te esperar, de te procurar.
 Ainda resta em mim um ponto de esperança que diz que você virá. Não sei se ele está certo, mas não me importo de apenas te esperar.
 Não sei o quão importante eu sou para ti, muito menos se ainda pensas em mim. Tu simplesmente marcastes a minha vida como qualquer outra pessoa jamais conseguiu fazer. Mas agora, tudo o que me resta são lembranças de algo que não vivi. Coisas que falei, coisas que deveria ter falado. Mas tudo isso ficou no passado. Apenas lembranças restaram.
 Será que você ainda virá? Será que eu devo mesmo te esperar? Sinceramente, não sei. Só sei que ainda espero. E acho que sempre estarei esperando.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Siga Sempre em Frente.

 "Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram

(...) Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, a serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais. (...) As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante, (por mais doloroso que seja), destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. 
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
(...)
 E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.''

  - Fernando Pessoa

terça-feira, 13 de julho de 2010

Amor de Cão.


"Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não."

John Grogan - Marley e Eu.

domingo, 11 de julho de 2010

Decisões.

Confusão. A palavra que define meu atual estado de espírito. Acho, aliás, que eu sou uma pessoa extremamente confusa, em todos os aspéctos. Muitas das vezes fico confusa sobre qual caminho seguir. Vai ver que, lá no fundo, tudo o que eu sinta seja medo. Medo das consequencias das minhas decisões. Medo do futuro. Medo de não ter um futuro! Medo de ter todos esses medos. Tento, de vez em quando, ser alguém que não se importa com o que estar por vir. Mas geralmente isso não funciona. Talvez pelo fato de eu me importar exageradamente com as pessoas ao meu redor. Nas poucas vezes que não me importei com o futuro, ou tentei fazer o que desse na telha, conseguí magoar pessoas ao meu redor, e, consequentemente, me senti mal por tê-lo feito. E isso me deixa com medo de fazer o que me dá na telha. Queria ser como aquelas pessoas que conseguem aproveitar a vida sem medo. Que fazem o que dá na telha! Geralmente elas conseguem ser tão felizes! Qual será o segredo? Será que tem um segredo? Ou será que isso já é algo que nasce dentro delas?! A vontade de viver, de amar... O amor as coisas mais simples, o desprendimento do futuro. Tudo isso me fascina e me emociona de um jeito inexplicável!
Mas há sempre milhões de decisões a se tomar. A própria vida é movida das decisões que tomamos, dos caminhos que decidimos seguir. E com isso,a aflição dentro de mim cresce intensamente. Como se as decisões que eu tenho que tomar estivessem me consumindo por dentro. Pra quê tantas decisões?! Eu queria poder só sair por aí com uma mochila nas costas, tendo a coragem e a liberdade como abrigo! Seria maravilhoso. Tá, seria irresponsável. Mas pra quê responsabilidade quando está em jogo a felicidade? Sair por aí, com um fone no ouvido, mochila nas costas, e alguem ao meu lado como companhia e eu já estaria radiante de felicidade. *-*
Na minha lista de "50 Coisas que Ainda Pretendo Fazer Antes de Morrer", vou incluir -Dar a Volta ao Mundo!- (Eu ainda vou fazer essa lista, só pra constar!).
Bom, dizem que o futuro é feito a partir de decisões que tomamos. Sendo assim, só me resta apontar uma direção e seguir em frente sem medo (essa é a parte dificil). No final, tudo o que restará serão as lembranças de tudo o que se foi vivido. Então façamos com que sejam apenas boas lembranças. :D